Considerações Anestésicas Sobre a Cirurgia de Prostatectomia Radical Robótica

Urologista em Goiânia - Considerações Anestésicas Sobre a Cirurgia de Prostatectomia Radical Robótica

A Prostatectomia Robótica é realizada sob anestesia geral. É de suma importância checar se o oxímetro, o acesso venoso e o cuff do aparelho de medir pressão arterial estão devidamente funcionantes, pois os braços do paciente permanecerão de difícil acesso durante a cirurgia.

O anestesiologista deve estar a par das potenciais consequências do pneumoperitôneo que é realizado pela insuflação de dióxido de carbono, incluindo resposta vagal inicial, hipercarbia e oligúria. Ajustes imediatos no volume corrente e volume minuto podem ser necessários por parte do anestesiologista nos casos de elevação importante na pressão de insuflação e hipepercarbia, que pode levar a acidose sistêmica se não for corrigida. Este fato deve ser especialmente levado em consideração nas experiências iniciais de um cirurgião robótico, pois o tempo operatório geralmente é longo. Da mesma forma, ajustes na insuflação de dióxido de carbono podem ser necessárias por parte do cirurgião para reduzir o risco de hipercarbia continuada.

O manejo dos fluidos intravenosos podem ser especialmente difícil durante a prostatectomia radical robótica devido a oliguria provocada pelo pneumoperitoneo e também pelo fato da bexiga permanecer aberta durante a maior parte do procedimento. O objetivo é evitar a produção de muita urina que pode escurecer o campo operatório, ao mesmo tempo que se mantém o volume intravascular e o débito cardíaco adequados. Uma reposição volêmica tíca é realizada com cerca de 1,5 a 2,0 litros de solução cristalóides, com a maior parte sendo administrada após a anastomose vésico-uretral. Reposições adicionais devem ser consistentes com perdas sanguíneas e perdas insensíveis.

A posição de step-Trendelemburg pode levar a edema facial, orbital, laríngeo e pulmonar. A hipertensão introcular pode ocorrer em pacientes expostos a Trendelembur exagerado, mas não parece haver consequências sérias a longo prazo em pacientes submetidos a prostatectomia radical robótica, pelo menos em pacientes previamente saudáveis. Entretanto, uma atenção especial deve ser dada para correta lubrificação e proteção ocular por parte do anestesiologista para evitar abrasão de córnea. Em caso de edema facial ou orbital importantes, edema laríngeo concomitante deve ser considerado, e a equipe de anestesia deve considerar postergar a extubação até a redução do edema, com o objetivo de evitar restrição a ventilação com necessidade de reintubação.

A comunicação clara e constante entre anestesistas e cirurgiões é de fundamental importância para o reconhecimento precoce e tratamento de eventuais distúrbios e complicações.

(Fonte: Campbell-Walsh-Vein Urology, 12ᵒ edition, Ed. Elsevier, Chapter 156)

Share on facebook
Share on twitter
Share on pinterest
Share on telegram
Share on whatsapp

Gostou do Conteúdo? Compartilhe:

Procura um Urologista em Goiânia?

Dr. Pedro Junqueira é Urologista em Goiânia e atende seus pacientes na sua clínica, o Instituto de Urologia e Cirurgia Robótica.

Categories

Urologista-em-Goiania-Cirurgia

O que faz Dr. Pedro Junqueira?

Realiza procedimentos como cirurgia robótica, RTU de próstata, prostatectomia radical robótica, nefrectomia robótica, HOLEP, laser de próstata, postectomia, cirurgia de fimose, vasectomia, cálculos renais, pedras nos rins a laser, instalação de prótese peniana, cauterização de HPV e biópsia de próstata.
 
Dr. Pedro Junqueira  trata pacientes com cálculos renais, crescimento da próstata, câncer de próstata, câncer de rim, fimose, varicocele, impotência sexual ou disfunção erétil, dentre outros.